sábado, 29 de dezembro de 2007

Defumadouro

*Defumadouro*


Atraquei ao balcão.

Acomodei-me entre bancos,

Como destroços amontoados

Na curva da água em bancos de areia.


O marasmo do costume.


Cheira a café e a tabaco amerdicanizado.

Ah... Tabaco íntegro de quantas merdas nos libertavas.

Não confundir.

Mundo de inaladores de gases.

Quero os fumos das chaminés, não importa de que industria.

Quero gases nucleares.

Quero o fumo preto dos automóveis.

E quero o branco... o da Cistina.


A mim o fumo.

O fumo das guerras, das lixeiras, dos incêndios das florestas.

Incinerar é óptimo.


Quero o fumo de Hiroshima após o café da manhã,

O de Nagasaki a seguir ao café da tarde

E depois do jantar uma cachimbada de Chernobyl.


Não faz mal


Nascemos ao respirar.

Vivemos a fumegar

Benvindos á democracia dos fumos.

Chega para todos, novos e velhos.


Fechem a " Tabacaria ".

Nunca mais "um pensativo cigarro" .

Somos Pessoas, ora Eça...


Fumem... Sejam felizes